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PENDURA - VIAJAR ACOMPANHADO

Penduras, muitos são os motards que nas suas viagens preferem rolar acompanhados, sendo que também há sempre um amigo ou amiga que quer experimentar a sensação de andar de moto, em ambos os casos teremos de ter em atenção a experiência destes enquanto penduras.

Viajar acompanhado pode ser divertido, principalmente em grandes viagens a companhia sabe bem e a partilha de experiências também, embora por vezes possas “perder” na guerra das malas, vais ver que os dias e as noites serão bem mais interessantes. :)

Lembra-te que para se ter um bom pendura, tem que se ter um bom condutor. Cabe-te dar as indicações necessárias e verificar que possua o equipamento adequado, bem como ter a moto equipada com algumas comodidades (pegas, encosto ou top case, malas, etc). Vai praticando a condução a dois, é uma boa forma de aproveitar para dar umas curvas antes de te aventurares em grandes viagens ou ires ao Lés-a-Lés…

Por vezes é uma chatice quando nos emocionamos, curva após curva, travar, acelerar, de repente uma palmada… o/a passageiro tem voz, isto é importante para que ao longo da viagem consigas saber se está tudo ok, saber se o ritmo está bom e como está a sentir-se o/a pendura, combina sinais como por exemplo a palmada no ombro (ou no fim da coluna) para abrandar, sinal com polegar para saber se esta tudo ok, etc.

Outra questão importante está relacionada com as paragens para descanso, são importantes para ambos pois na moto formam um conjunto. Se o passageiro não estiver confortável ou cansado, vai mexer-se mais e irritar-se (sim irritar-se, o que não é bom), por outro lado se fores o condutor e estiveres cansado o problema será o oposto, vais mexer-te menos o que pode ser um sério problema.

Nas paragens aproveitem para caminhar um pouco, esticar as pernas, as viagens de moto obrigam a uma posição sentada que tende a “adormecer” partes do corpo. Aproveitem para ir visitar a casinha, tomar um café e beber água, é importante manter-se hidratado principalmente nos dias de mais calor, mesmo que não tenhas vontade, nas paragens bebe um pouco de água. Quanto às refeições, devem ser ligeiras e curtas de forma a evitar desconforto e vontade de fazer a sesta.

Para que as viagens corram bem existem algumas regras que podes dar ao pendura, em alternativa sempre podes escrevê-las nas costas do teu blusão J, começando pela regra mais importante: o/a pendura é a sombra do condutor!

Devendo o/a pendura ter em atenção:

- Nunca deve subir ou descer da moto sem autorização do condutor, evita desequilíbrios e que tenham uma viagem até ao chão.

- Ajudar nas manobras de entrada e saída de estacionamento, especialmente quando faz parte do sistema de marcha-atrás, pode e deve ser mais um par de olhos no trajecto de forma a estar atento e preparar-se para lombas, travagens, manobras, apertos, etc.

- Deve evitar movimentos bruscos, levantar-se, olhar para trás, em velocidades mais elevadas e/ou com vento deve colar-se ao condutor de forma a criar melhor aerodinâmica e evitar oscilações. Nas curvas se quiser espreitar deve fazê-lo sempre pelo lado interior destas. Se necessitar de se ajeitar ou movimentar deve avisar o condutor.

- Para maior comodidade deve apoiar-se bem nas peseiras e segurar-se nas pegas, assim evita atrapalhar o condutor, fica mais confortável e recebe menos pancadas provenientes de pisos irregulares ou em mau estado.
 

- Além da companhia possui as funções de tesoureiro/a e navegador/a, nas portagens é quem trata da parte burocrática e pode apoiar na orientação.

- Deve estar tão bem equipado quanto o condutor.

- É proibido ao pendura espreitar para o conta quilómetros e expressar a sua “euforia” de forma vigorosa sobre qualquer parte do condutor, o melhor é apreciar a estrada ou o ambiente que o rodeia e evitar taquicardias.

- A partir do 70/80 km/h a conversa é algo difícil de se ter com o vento que se faz sentir, uma alternativa para os menos zen é o recurso a intercomunicadores, podem ir sempre a falar (dá para desligar o som), ouvir música ou ligar a alguém e explicar-lhe o bom que é estar em viagem numa moto.

- Acima dos 180/200 km/h (no circuito, claro) não convém “espreitar” para ver o que se passa ou acenar aos outros motards, sob pena de deslocar alguma parte do corpo ou deixar de estar presente na moto.

- Por fim, mas não menos importante, não adormecer! Sim por incrível que pareça existem penduras que são capazes de fazer uma sesta em cima da moto. Se estiver com sono avise o condutor para parar, esticar as pernas e arejar.

Seguindo estas regras as viagens a dois serão com certeza divertidas, aproveitando bem os passeios sem complicações e cansaço, deixando sempre um pequeno espaço vazio na bagagem para as “lembranças” de última hora que surgem ao longo destas viagens.

Aproveita, viaja com a tua companhia preferida para longe ou para perto, o que interessa é rolar!

 

Boas Curvas!

Infomotard

VIAJAR DE MOTO - CHECK LIST

Prontos para a curvas? Nem sempre… com o tempo fomos aprendendo que por vezes a vontade é tanta de subir para cima da montada, que lá vamos nós, curva após curva ao sabor de vento…

Depois, sim depois quando chegamos ao destino ou durante a viagem, ou mesmo quando só fizemos 50km e temos de voltar para trás… "esqueci-me  de x ou y"…

Abaixo está uma simples check-list, que poderá ajudar-te na hora de te preparares para ir ali ao lado ou mais além…

 

» Itens Pessoais

  • Documentos pessoais e da moto

  • Cartão de Emergência do Motociclista (mais informações em Guias» Guia Utilidades)

  • Dinheiro ou cartão MB (sem guita não há festa…)

  • Telemóvel

  • Lista com alguns telefones úteis

  • Kit de Primeiros Socorros

  • Máquina fotográfica

  • Carregadores de telemóvel (e outros necessários)

  • GPS ou mapa da estrada

  • Roupa de acordo com a estação

 

» Moto

  • Kit de furos (ou como diz um amigo meu, leva um colega mecânico…)

  • Bomba (compressor portátil) ou Lata anti-furos

  • Ferramentas (pode ser o Kit original) + Alicate + Canivete

  • Rolo de Fita isoladora

  • Chave da mota suplente (e não, não é para andar com as duas no bolso…)

  • Cadeados

  • Lanterna

 

» Equipamento

  • Blusão com as devidas protecções

  • Capacete (pela segurança, e para não gastar uns euros a ajudar o Estado…)

  • Calças (sem calças é complicado… de preferência com protecções)

  • Luvas

  • Botas ou ténis de moto

  • Gola, cachecol ou lenço para o pescoço

  • Óculos de Sol

  • Fato de chuva (e sim, no verão também chove…)

 

» Check-up à moto

  • Revisão está em dia (verificar os km que pode realizar, até à próxima)

  • Calibragem e o estado dos pneus

  • Níveis do óleo

  • Nível do fluido de refrigeração

  • Condições dos travões

  • Funcionamento das Luzes (se possível levar um jogo de luzes suplentes)

Tudo Pronto? Boa viagem!

Infomotard

RISCO & CONDUÇÃO RESPONSÁVEL

Conduzir um motociclo é uma das melhores coisas da vida (que podes fazer publicamente…), no entanto é necessário conhecer e dominar os aspectos técnicos de conduzir uma moto.

A maioria pensa que andar de moto é ser similar a andar de carro ou bicicleta, errado. Conduzir uma moto obriga-te a reconhecer que esta em primeiro lugar tem duas rodas, está sujeita a outra dinâmica de aceleração, travagem, comportamento em estrada, condições meteorológicas, velocidade adequada, etc.

Lembra-te a condução defensiva é saudável para os motards! Já basta a pouca atenção ou cuidado dos outros condutores em relação às motos, rola com cuidado e atenção!

» Níveis de Risco

O nível de risco envolvido na condução de uma moto depende antes de mais do teu comportamento, bem como da tua capacidade em medir e percepcionar o risco existente. Ninguém está livre de rodar e surgir-lhe problemas no percurso, que podem ser devidos a uma avaria mecânica, deficiência na manutenção da moto, obstáculos, pisos escorregadios, areia, óleo, velocidade de circulação, tempo, outros condutores, etc.

Claro está que estes problemas podem ser resolvidos com mais ou menos facilidade, mediante a tua experiência e destreza, no entanto é fundamental que tenhas sempre presente que a resolução de situações mais “complicadas” depende da percepção, decisão e reacção que possas ter face ao potencial problema que te surge no caminho.

Desta forma o nível de risco envolve sempre três componentes: percepção » decisão » reacção, estas permitem criar uma defesa ou espaço de segurança na condução das motos. A responsabilidade de criar este espaço de segurança depende em grande parte apenas de ti.

» Percepção

Antecede todas as outras acções, aqui começa a tua segurança! Quanto mais cedo perceberes a probabilidade ou existência de um problema, mais tempo e espaço irás ter para decidires como reagir à situação, aqui poderão os mais experientes concordar que deves olhar sempre 2 a 3 segundos à frente, antecipando situações complicadas.

Não te fixes num ponto único, “olha” à frente e lê o comportamento dos outros, a visão periférica permite-te perceber obstáculos ou problemas sem te desconcentrares do que acontece à tua frente, a observação de luzes de travão, animais na beira da estrada, buracos, lombas, veículos em aproximação, cruzamentos, desvios bruscos de outros na estrada, etc, permitirão anteveres situações potencialmente desagradáveis.

Esta percepção ganha-se com experiência e prática, adequa o teu nível de risco às tuas capacidades de condução e factores envolventes, assim poderás desfrutar ao máximo da tua moto.

» Decisão

Após a percepção do problema, vem a decisão da reacção a tomar tendo em conta o espaço e o tempo, lembra-te neste espaço de tempo continuas a rolar! O que leva a que tenhas menos metros e tempo para reagir, por vezes podem ser fracções de segundo que podem fazer toda a diferença!

Para uma maior capacidade de decisão deves ter em conta e conhecer o fundamental de andar de moto, travagem, aceleração, postura de condução, curvar em segurança, velocidade adequada, manobras mais eficazes em determinados pisos e condições meteorológicas, peso da moto, etc. Informa-te sobre os princípios de condução defensiva (conhecimento - habilidade – atenção – previsão – decisão – reacção), realiza cursos ou apenas treina-te para obedeceres a estes fundamentos de condução.

É fundamental que tenhas presente que quando decidires uma acção, deves leva-la até ao fim, correcções desnecessárias levam a perda de tempo precioso e aumentam o risco.

» Reacção

Se as duas fases anteriores forem realizadas em tempo útil, com a premissa que vens com um nível de risco adequado (tempo e espaço), esta fase depende em grande parte da tua habilidade para superares a situação ou problema que surgiu.

 

É importante que tenhas em consideração que para realizares a manobra evasiva terás dois aspectos adicionais a considerar: respiração e foco de visão.

Em situações de stress a respiração acelera, fruto do aumento de adrenalina, levando também à contracção dos músculos o que afecta os reflexos, embora complicado podes controlar a respiração ao inspirar pelo nariz e expirar pela boca, em boa parte diminuis esta reacção com a prática e experiência de condução, bem como te manteres dentro da tua zona de conforto ou nível de risco baixo.

A direcção para onde a mota se dirige é a mesma do foco da visão, a verdade é que se te focas num determinado ponto de forma inconsciente encaminhas a moto para lá! Por exemplo se estás a curvar e a meio te focas noutro ponto da estrada a probabilidade de te encaminhares para lá é certa, por isso foca-te para onde pretendes manobrar a moto e na solução, nunca no problema!

É claro que a capacidade de executares os passos anteriores depende da tua experiência e habilidade, deves conhecer e estabelecer os teus próprios limites, tendo em atenção o nível de risco que estás disposto a assumir, respeitar estes pontos é saudável!

Naturalmente que a capacidade de executar estas 3 etapas variam de motociclista para motociclista, cabendo a cada um de nós conhecer e estabelecer os nossos próprios limites.

Viaja, e muito! Ao teu ritmo para que seja um prazer!

Boas Curvas!

Infomotard

CONDUÇÃO À CHUVA / VENTO

Por vezes acontece aquilo que menos gostamos, a chuva e vento aparecem para dificultar um pouco as nossas viagens e passeios, não que isso impeça nos fazermos à estrada!

No entanto a condução à chuva exige alguns cuidados, precaução e equipamentos de forma a evitarmos algumas surpresas que podem ser desagradáveis.

A condução à chuva e ao vento exige aprendizagem e prática, se apenas conduzires com bom tempo será difícil estares preparado, para quando a meio de uma viagem mais longa te deparares com condições mais difíceis, pelo que já dizia o ditado “ a prática leva à perfeição” ou pelo menos diminui o risco…

Cuidados na condução à chuva:

» Aderência e tracção, o comportamento da moto em pisos molhados não é o mesmo que com o piso seco. Em especial com as primeiras chuvas que formam camadas mais escorregadias dada a sujidade acumulada, levando a maiores dificuldades em termos de aderência da moto na travagem e na aceleração.

 

Podes testar a aderência das motos, através de uma travagem seca e cuidadosa da roda traseira, sempre em linha recta e plana. A forma como o pneu se agarra à estrada demonstra qual é o grau de aderência e cuidados que deverás ter a conduzir nessas condições. O teste poder ser replicado em piso seco, servindo também para verificar a qualidade dos pneus e segurança na condução.

 

Outras situações em que a aderência é posta em causa, são por exemplo os pisos novos ou com pinturas recentes, reparações recentes, passadeiras, linhas de marcação, paralelos e claro está pisos com gravilha, terra ou areia.

» Rolar em segurança, com más condições meteorológicas é palavra de ordem teres alguns cuidados como, reduzir a velocidade, ter especial atenção nas manobras, usar os travões de forma equilibrada e doseada na proporção correcta, não proceder a acelerações bruscas, estar descontraído de forma a realizar uma condução segura e normal.

» Visibilidade, com estas condições a visibilidade é inferior em proporção ao grau de chuva e vento, tornas-te menos visível para o outros condutores e utilizadores, tenta rolar o mais ao centro possível da tua faixa de rodagem, verifica que as luzes estejam a funcionar correctamente (em condições mais adversas podes utilizar os piscas em modo de emergência para sinalizares a tua presença), podes ainda recorrer a óculos com lentes amarelas de forma a melhorar a tua visão.

» Vento, quanto mais carenagem e/ou malas possuir a moto maior é a sua exposição à acção do vento, o mesmo se aplica às motos mais leves. Para uma melhor condução deves utilizar graus de inclinação ligeiros contra o vento de forma a manter o equilíbrio mais adequado, contando que deverás compensar essa inclinação nos intervalos em que não há vento, aqui também é muito importante um controlo da velocidade em função do grau de vento, por forma a evitar surpresas desagradáveis.

» Distância de segurança, face aos factores abordados anteriormente como a visibilidade e aderência, irás necessitar de mais espaço para poderes travar ou desviar-te de obstáculos, como tal nestas condições a distância de segurança deve ser maior que a normal, evitando rolar “em cima” do outros veículos.

O problema não é viajares à chuva, as motos são concebidas para o fazer. O que deves ter em atenção é a alteração das condições em que viajas e o efeito destas no comportamento da moto.

Boas curvas!

Infomotard

Brevemente mais novidades...

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