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HARLEY - DAVIDSON (Lenda Americana)

A história da Harley-Davidson começou em 1903, numa garagem em Milwaukee quando William Harley e Artur Davidson, dois apaixonados por mecânica começaram a criar um motor para um barco à pesca. Rapidamente direccionaram os seus esforços para a produção de bicicletas com um quadro reforçado e uma motorização de 160 cm3.

Em 1904, apenas tinham produzido duas motos e em 1905 um total de 5. A produção a sério apenas começa em 1906, quando um tio rico escocês realiza um empréstimo aos dois empreendedores, com o qual adquirem um terreno em Milwaukee, tendo a oficina começado a laborar em 1911 e de onde viriam a sair mais de 3000 motos.

Rapidamente as “Harley-Davidson” ganharam uma legião de fãs nos EUA. A sigla “Bar and Sheild” começou a chamar a atenção da concorrência, em 1912 foi introduzida a transmissão por correia, tornando-se uma imagem da marca e passando a ser colocada em todos os seus modelos. No ano seguinte torna-se o maior construtor de motos no Estados Unidos, com cerca de 13.000 modelos construídos, rivalizando assim com a Indian.

Com a entrada dos EUA na guerra em 1917, a Harley-Davidson ganhou terreno à sua concorrente Indian a qual detinha o monopólio das motos no exército, e ao qual não concedeu a totalidade da produção das suas motos, com a ideia de manter a sua cadeia de revendedores, sendo neste campo uma das primeiras marcas a criar uma rede de revendedores exclusivos.

Em 1920, passa a ser oficialmente o maior construtor de motos do mundo, passando as motos da Harley-Davidson a serem distribuídas por 67 países, num total de 28.189 unidades, um ano mais tarde é uma Harley-Davidson a primeira moto na história a ganhar uma corrida com uma velocidade média superior a 160 Km/h.

Em 1936, a empresa introduziu o modelo EL, mais conhecido como “Knucklehead”, equipado com válvulas laterais, sendo considerado um dos mais importantes lançados na história da Harley-Davidson. No ano seguinte, morreu William A. Davidson, um dos fundadores da empresa, os outros dois fundadores (Walter Davidson e Bill Harley) viriam a falecer nos anos seguintes.

Em 1952, é lançado o modelo Hydra-Glide, a primeira moto da marca que foi baptizada com um nome ao invés de números, como era usual até então. Em 1953, foi criado um novo logótipo em homenagem ao motor disposto em “V”, marca registada da empresa. Elvis Presley posou para a revista “Enthusiast” com uma Harley-Davidson modelo KH.

Um dos modelos mais tradicionais da história da Harley-Davidson, o Sportster, foi introduzido em 1957, o qual até hoje ainda desperta paixões entre os fãs da marca. Outra lenda da marca foi lançada em 1965: a Electra-Glide, em substituição do modelo Duo-Glide, com uma inovação, o arranque eléctrico que pouco depois seria incluído na linha Sportster.

Nos anos 70, apoiada numa clientela exclusiva baseada no mercado do exército, da polícia e administração norte americana (beneficiando do proteccionismo do governo dos EUA), a Harley-Davidson consegue sobreviver às diferentes guerras e crises instaladas.

Entretanto os clientes e o mercado verificam que as motos da Harley-Davidson possuem um preço de aquisição bastante elevado, em relação à concorrência e às performances das suas máquinas, com os concorrentes japoneses a entrarem na corrida pelo mercado, a marca sofre uma quebra nas vendas. Procurando fazer face a estas quebras a Harley-Davidson vira-se para a aquisição da italiana Aermacchi, procurando um novo estilo, no entanto sem grande sucesso.

Em 1975 a sociedade foi adquirida pela AMF (American Machine and Foundry), que tinha como objectivo aumentar a produção e baixar o preço, sacrificando a qualidade e a fiabilidade da marca. Mais tarde, um grupo de investidores apaixonados deram um empurrão à marca que estava quase a desaparecer, através da aposta no seu twin, no seu lado retro e na mística, forçando desta forma os construtores japoneses a copiarem o seu modelo de motor.

Esta é a razão pela qual uma Harley-Davidson é quase sempre uma peça de colecção, o que se vai mantendo ao longo dos anos.

Em 1978, a Harley formaliza a sua retirada da Aermacchi, passando a focar-se nos seus motores V-twin, passando a ser o motor base de todos os seus modelos e gamas desde as 883cc até aos 1.960cc.

Os modelos da marca são identificados por uma letra:

F – para as cilindradas maiores.

X – para as cilindradas mais pequenas.

FL – para as que usam forquetas Hydraglide.

FX – para as mais pequenas com forquetas normais.

A partir dos anos 80 a marca aposta em bater os seus concorrentes japoneses através do que melhor sabem fazer, motores de grande cilindrada com uma sensação única, tentando sem sucesso ser imitada pela concorrência japonesa. Em 1983 nasceu o H.O.G. (Harley Owners Group), instituição que patrocinava corridas e organizava eventos motards, actualmente é composto por mais de 1 milhão de membros e está espalhado por mais de 130 países.

Em 2001, a marca apresenta um novo motor: um bicilíndrico em V desenvolvido em parceria com a Porsche, sendo este pela primeira vez a refrigeração líquida, com 1.130cc é chamado de Revolution. Este motor é usado pela VRSCA V-Rod, modelo com algum sucesso principalmente junto de uma nova clientela, mais identificada com o nome da marca do que com a mística associada a esta.

Os modelos com mais sucesso actualmente são as Sportster 1200 e as Road King, as quais são representam na perfeição o espírito da marca, que está presente em todos os continentes, oferecendo mais de 28 modelos diferentes em 1.300 pontos de venda, comercializando também roupa e acessórios, baseando a sua imagem na atitude e estilo motard que representa a Harley-Davidson.

Infomotard - 2019

(Fontes: Harley-Davidson, Reuters)

BMW (Raízes Bávaras)

A história da BMW Motorrad (Bayerische Motoren Werke), começou em 1923 com a construção de motores de aviões, tendo redireccionado o seu negócio para a construção de motos após a derrota da Alemanha na guerra. Ano em que surge a primeira moto BMW flat-twin que tem algum sucesso, apesar do preço de aquisição elevado.

A BMW teve sempre o seu desenvolvimento muito associado à competição, através da quebra de diversos recordes de velocidade. Com a entrada da Alemanha na 2ª Guerra Mundial, a produção de motores de aviões faz com que sofra grandes danos com os bombardeamentos dos aliados, sendo de seguida proibida de construir meios de transporte motorizados, obrigando a que haja uma paragem na construção de motos.

Só em 1948 é que lhe permitem oficialmente retomar a produção e construção de motos, levando a que rapidamente a marca faça a apresentação do modelo R24, um monocilíndro de 250cc, com um sucesso imediato no país e na sua exportação. O modelo R25 é proposto no ano seguinte, ainda hoje é o modelo detentor do recorde maior número de vendas, tendo sido produzido até 1955, levando a que na Europa andar de moto significasse ser numa BMW.

Em 1951 nasce um novo modelo de flat-twin ao R51/3, assinalando a linha clássica da BMW até 1969, estas motos terão uma versão desportiva em 1968 com a famosa gama R68, a primeira moto de série a ultrapassar os 160km/h, com a intenção de atrair os clientes que admiram as performances da motos inglesas da altura.

Em 1969 surgem três modelos com 500cc, 600cc e 750cc pertencentes à série 5, com uma imagem renovada, deixam de utilizar o modelo de forqueta Earles e iniciam a utilização da forqueta telescópica, o flat-twin é então mais potente e resistente, com a vantagem de ser mais leve.

No 50º aniversário da marca em 1973 é apresentada a série 6 com os modelos R60/6, R75/6, R90/6 e R90/S que é o motivo de todas as atenções, é a estrela da companhia. A sua aparência desportiva e carenagem, equipada com dois travões de disco à frente, é então cronometrada a uma impressionante velocidade para a época de 195km/h!

Em 1976 é apresentada a série 7, com três cilindradas: 600cc, 750cc e 1000cc. A introdução da R1000RS de 1000cc, a primeira moto a nível mundial com carenagem integral, acaba por ser um sucesso tão grande que leva a que os proprietários dos modelos anteriores actualizassem as suas motos ao incorporarem a carenagem da R100RS.

Em 1984, a BMW apresentou a K100 com um motor inovador e revolucionário de 4 cilindros e arrefecido a líquido, mas seria necessário esperar o final de 1992 para que surgisse um novo flat-win com a R1100RS, equipada com um motor boxer de 4 válvulas por cilindro e com injecção electrónica. Com uma revisão da ciclístíca, um novo quadro com motor, as suspensões Telelever, um amortecedor traseiro alojado no braço oscilante e na parte anterior do quadro, faz com que este tipo de chassis passe a equipar toda a gama de flat-twins daí em diante, incluindo o sistema ABS disponível como opção.

1994, a marca apresenta a primeira trail monocilíndrica, começa uma nova geração da marca BMW com a F650 dotada de transmissão por corrente (indo contra os puristas da marca), esta versão foi sendo melhorada ao longo dos anos até aos dias de hoje, continuando em comercialização.

No entanto o modelo de motor flat-twin é a imagem emblemática da marca, em 2001 a sua cilindrada é aumentada para os 1150cc e dotada de uma caixa de 6 velocidades pela primeira vez. Em 2003 a BMW procede a uma nova inovação, reduzindo o tamanho e peso das R1200 em cerca de 30kg.

As principais séries da BMW dividem-se em:

Série R – é a série principal da BMW, com o modelo R1200 e com várias gamas específicas, a versão GS é a mais popular e a mais vendida, é uma moto do tipo big trail.

Série K – foi criada no início dos anos 80 (1983), com um motor longitudinal de 4 cilindros em linha e 1293cc equipa o modelo K1300. Em 2009 a BMW acrescentou outro motor de 4 cilindros com a S1000RR, especialmente desenvolvida para o campeonato mundial de Superbikes.

Série F – introduzida em 2007, caracteriza todos os modelos com o Twin paralelo, com uma cilindrada de 798cc possui as versões S (desportiva), ST (turismo) e R (naked), o novo motor é oriundo da 800GS, versão mais pequena da 1200GS.

Série G – direccionada essencialmente para o off-road a série G650GS (antes F650GS), apareceu em 2009 como street bike com grande potencial. Outros modelos da G650 são os presentes na série X (Xcoutry, Xmoto e Xchallenge).

O ano de 2006 é um marco na história da BMW, pela primeira vez atinge a marca de produção superior a 100.000 motos, nunca deixando de melhorar os seus modelos e inovando nos diversos aspectos mecânicos, tecnológicos e de segurança.

Mantendo a sua visão, a marca continua a ter modelos com preços elevados face às propostas similares da concorrência, mantendo no entanto bons preços como usadas, muitas vezes sobrevalorizadas em relação a outros modelos similares.

A BMW continua a apostar na arquitectura, design e no flat-twin criado por Max Friz em 1923, continuando a ser a “imagem” diferenciadora da marca e para o futuro das motos BMW.

Infomotard - 2018

(Fontes: BMW Motorrad, Finanzen.net)

YAMAHA (Da música às motos)

A Yamaha Organ Manufacturing foi fundada no ano de 1887, por Torakusu Yamaha na localidade de Hamamatsu, Japão. O fundador nasceu em 1851, tendo iniciado a sua carreira como aprendiz num fabricante de relógios, mais tarde tornou-se num profissional de material médico.

Posteriormente foi chamado para reparar um órgão musical, o que se viria a transformar no chamamento para algo maior. Tornou-se num fabricante de instrumentos musicais de renome, continuando com esta actividade até aos dias de hoje, adoptando o tridente (três diapasões) como imagem da marca.

Torakusu viria a falecer em 1916 e a empresa acabaria por ser vendida. Durante 2ª Guerra Mundial. A sociedade detentora da marca foi contratada para produzir material militar, tendo suspendido a produção de instrumentos musicais. Com o fim do conflito, a sociedade com o nome de Nippon Gaki, decide enveredar pela produção de motos.

Os primeiros modelos são cópias de motos alemães, que viriam a obter algum sucesso comercial. Estas cópias serão rapidamente postas de parte e a empresa altera o seu nome novamente para Yamaha, vindo a especializar-se na produção de motores a dois tempos.

O primeiro modelo da marca é a “libélula” YA1 de 125 cc, uma mono-cilíndrica a dois tempos, também conhecida como “Aka-tombo”, que significa dragão vermelho. Estes modelos são produzidos com recurso às máquinas que outrora fabricavam peças de aviões, utilizados pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.

Os modelos da Yamaha conhecem o sucesso nos anos 60, sendo a produção vendida a grande velocidade, tendo também alcançado vários pódios em provas de motociclismo no Japão e na Europa.

A empresa decide então redireccionar a sua produção para as trail, a pedido do importador da Yamaha nos Estados Unidos. Este, procura concorrer com as máquinas da Greeves e Bultaco em off-road, o sucesso é alcançado com a DT1 em resposta às solicitações efectuadas.

No ano de 1968 a Yamaha protagoniza um fracasso, ao pretender reentrar no mercado das twins verticais, com um modelo construído em parceria com a Toyota. No decorrer dos anos 70 a vendas de motociclos estão assentes nos motores a dois tempos.

 

Em 1970 é lançada a XS-1 de 650cc, a primeira moto Yamaha a 4 tempos. A empresa continua a trabalhar no desenvolvimento da gama a quatro tempos, com foco na XT500.

Na continuação do seu trabalho e na busca de inovação, a Yamaha tenta ainda que brevemente, o desenvolvimento de um motor com três cilindros no modelo XS750, vindo mais tarde em 1980 a criar a XJ650.

Nos anos seguintes a Yamaha foi solidificando a imagem desportiva, tanto em competição como fora desta, exemplo disso é o modelo RD500LC, o qual atingia os 217km/h. A marca aproveita para aprofundar o seu espírito desportivo com a série FZ.

Em 1981 lança a sua primeira custom a XV750, a qual seria a base para o lançamento das emblemáticas XV535 e XV1100. Estas alcançariam grande sucesso junto do mercado, sendo os primeiros modelos vendidos em massa com recurso à suspensão mono amortecedor. Em 1984 o modelo é redesenhado, acabando por recorrer a suspensão traseira de dois amortecedores e o depósito em forma de gota de água.

Em 1984 é apresentada a V-Max, com um motor V4 de 1197cc e 113,5cv de potência. Este modelo criou uma legião de fãs pela imponência do seu motor e o aspecto agressivo das suas linhas, sendo enquadrada na categoria das roadster. Após sucessivas alterações e melhorias, em 2008 este modelo lendário viria a conhecer a nova versão, equipada com um V4 de 1679cc e 200cv.

Em 1988, é lançada a YZF-R1 um marco na história da Yamaha. Considerada como uma das mais impressionantes super desportivas da década, com motor e chassis desenvolvidos com base  na competição, viria a marcar para sempre a história da marca.

Nesse mesmo ano é lançado o modelo da XT 600 Z Teneré, a Yamaha aposta no forte potencial do mercado on/off-road de média-grande cilindrada. Outro lançamento é a DargStar 650cc, um ano depois a DragStar 1100, as quais viriam a obter um elevado sucesso no mercado, criando uma verdadeira legião de fãs e costumização destes modelos.

Em 1992, também fazem parte dos modelos da marca a FZR 1000, XTZ 750 Super Ténéré e FJ 1200, entre outros.

Além dos modelos desportivos, a Yamaha procurou continuamente inovar. Ao longo dos tempos, foi propondo motos com melhorias em termos de performance e tecnologia, até que em 2001 a Yamaha Motor Corporation nasceu, levando a uma separação da Yamaha Corporation em termos de motores e motos.

Em termos de títulos no campeonato do mundo de 500cc/ MotoGP, a marca regista as seguintes vitórias e pilotos:

1975: Giacomo Agostini.

1978/ 1979/ 1980: Kenny Roberts.

1984/ 1986/ 1988: Eddie Lawson.

1990/ 1991/ 1992: Wayne Rainey.

2004/ 2005/ 2008/ 2009: Valentino Rossi.

2010/ 2012/ 2015: Jorge Lorenzo.

 

Os principais modelos e séries em comercialização actualmente são:

 

- Série YZF (super desportivas).

- Série MT (naked).

- Séries XSR, XJR, XV e VMAX (sport heritage).

- Séries Tracer e FJR (desportivas/ turismo).

- Séries XT e Super Tenéré (trail e big trail).

- Séries TMax, X-Max e N-Max (scooters).

Em 2010, a marca do tridente acabaria por se tornar um líder no seio da indústria de motos, fazendo frente à Honda. A Yamaha continua a produzir uma grande diversidade de motos e modelos, desde as cruiser às desportivas, passando pelo todo terreno e scooters. A empresa mantém a produção de instrumentos musicais, os quais estiveram na origem da Yamaha. 

Infomotard - 2018

(Fontes: site oficial Yamaha e Interbrand)

SUZUKI (Dos Tecidos às Motos)

Michio Suzuki, nascido em Hamamatsu no ano de 1887 fundou uma fábrica de tecelagem chamada “Suzuki Loom Works” aos 22 anos, corria o ano de 1909, nada fazia antever que a Suzuki viria a ser um dos nomes grandes da indústria de motos.

O negócio era bem sucedido, quando em 1937 a empresa decide diversificar ao criar o primeiro protótipo de um motor a 2 tempos e um carro, o Austin Seven. A produção da Suzuki viria a servir durante algum tempo para a criação de munições, antes do pós-guerra em que se dedicou ao fabrico de material agrícola e de aquecimento.

Embora tenha entrado no mundo das motos mais cedo, só nos anos 50 é que a Suzuki viria a explorar o que seria o princípio do seu sucesso com a Power Free, uma bicicleta simples equipada com um monocilíndrico a 2 tempos. Em 1954, a empresa altera o seu nome passando oficialmente a laborar sob a designação “Suzuki Motor Co.”, nesse ano nasce a primeira moto da Suzuki comercializada sob o nome de La Colleda.

O primeiro Twin sai em 1956, com a Colleda TT a qual viria a reclamar uma velocidade de 130Km/h e 16cv! Sendo também a primeira a conter o farol dianteiro em forma de ferradura, que viria a ser durante muito tempo um símbolo de distinção da marca.

Conhecendo um sucesso enorme, em 1958 a Suzuki com apenas quatro anos após o seu primeiro modelo, ocupava o segundo lugar como maior construtor mundial de motos. Os modelos a 2 tempos esgotam-se rapidamente, levando a um aumento da produção ao longo dos anos. Nesse mesmo ano a empresa faz do “S” o logo da marca.

O engenheiro Ernst Degner foi um ponto de viragem para marca, quando com os seus conhecimentos colaborou no desenvolvimento das 2 tempos desportivas, sendo o início de um sem número de títulos ganhos em diversas competições.

Em 1965 vira-se uma nova página na história da Suzuki, nasce a 250T20, uma máquina dotada de 6 velocidades e 29cv, nesse ano o construtor inicia-se nas competições de motocross.

No decorrer dos anos 70, a Suzuki atinge a glória através dos emblemáticos modelos, GT250, GT380, GT550 e GT750, levantando também o véu sobre o que viriam a ser as suas primeiras trails. Em 1974 comete um pequeno deslize com a RE5 de motor rotativo tipo “Wankel”, mas viria a recuperar com um modelo que marcaria a época, o RV, mais conhecido como Van Van, em 1970 a marca atinge um novo patamar de sucesso com o modelo GS750.

O conceito viria a ser desenvolvido com as GS1000 e GS580, as quais eram motivo de conversa devido à sua transmissão por árvore, a próxima inovação viria em 1981 com a GSX1100 Katana, a qual definiria as linhas gerais do design nos anos 80 e 90.

 

Viria também a lançar a moda das réplicas com a GSXR750, seguida da mítica moto GSXR1100. No ano de 1986 surge o modelo VS750GL, esta Intruder com motor em “V” do estilo shopper viria a conhecer uma “irmã” mais velha em 1987, a Intruder VS1400GL, tendo ambas tido excelente aceitação junto do público.

Em 1991, o mundo conhece outro modelo que se tornaria um sucesso de vendas, a Bandit, básica e com bom comportamento esta seria o best-seller da marca durante vários anos.

No entanto em 1999, a Suzuki surpreende de novo com o lançamento de uma moto fora do comum, a GSX1300R Hayabusa com capacidade de atingir os 300Km/h e 173cv, esta moto ficou na memória de todos e foi eleita uma das motos mais bonitas do século pelo Museo Guggenheim.

Com o lançamento da scooter Burgman 400 e 650, nos inícios dos anos 2000, a Suzuki dá início ao conceito das maxi-scooter, lançando também a SV650 que vem reforçar ainda mais as vendas da marca.

No segmento das Big Trail a DL1000 VStrom é lançada em 2002, derivada da SV1000 (roadster) posicionando-se mais como moto Trail-Estradista. Esta viria a deixar de ser produzida em 2009, no entanto em 2004 a marca opta por dar início à produção da DL650 VStrom, ainda produzida até hoje.

Em 2006 é apresentada a Intruder M1800R, com um motor Bicilíndrico em “V” com 1783cm3. No ano seguinte a Suzuki apresentaria no salão internacional de Tóquio uma concept movida por uma pilha de combustível, chamada de Crossage.

No ano de 2008 é apresentado o concept B King, com motor da Hayabusa 1300 e quadro de alumínio, um ano depois a GSX-R1000 torna-se mais leve e conta com as mais recentes inovações importadas da competição, como a cartografia do motor variável e forquetas Big Piston Fork. A Gladius aparece nesta altura para substituir a SV650.

Em 2013 a Suzuki lança a nova Burgman 650, retoma presença no segmento das big trail com o lançamento da nova DL1000 VStrom, colocando também à venda a Intruder C1500T.

Actualmente a Suzuki continua a inovar com modelos futuristas, e a conquistar novos segmentos de mercado (Custom, Supersport, Street, Sport Enduro Tourer, Scooters), sendo uma das marcas mais conhecidas e conceituadas no mundo das motos, vendendo cerca de 2 milhões de veículos por ano…

Infomotard - 2017

(Fontes: globalsuzuki)

HONDA (Dos Pistões aos Motores)

A história da Honda começou com Soichiro Honda, nascido em 1906 em Hamamatsu. A sua capacidade para a mecânica veio com a ajuda que prestava ao seu pai na reparação de bicicletas, com os seus estudos a serem prosseguidos na área da metalurgia, rapidamente projectou um novo segmento de pistão que pretendia vender à Toyota.

O seu gosto e habilidades para a mecânica levaram a que ocupasse os seus tempos livres no desenvolvimento da sua invenção, pese as dificuldades financeiras, a sua vontade e determinação no desenvolvimento do seu projecto levaram a que não desistisse da sua ideia. Na sua primeira apresentação à Toyota o seu produto não foi aceite, o que levou a que passasse mais dois anos a aperfeiçoar a sua ideia, sendo esta finalmente aceite e comprada pela Toyota.

Pelo meio para conseguir sustentar o seu projecto vendeu entre outros bens as jóias da sua esposa, de forma a conseguir os meios financeiros de suporte à sua ideia.

Para poder produzir os seus motores de forma eficiente, a Honda decidiu construir as suas próprias instalações, no entanto em 1944 durante os bombardeamentos da 2ª Guerra Mundial estas seriam destruídas, o que levou a que cedesse a produção dos segmentos de pistões à Toyota.

No final da guerra, a situação do Japão era caótica e de pobreza. No meio dessa situação de catástrofe Soichiro tem a ideia de adquirir 500 motores a dois tempos e em 2ª mão comprados ao exército, decide então montá-los em bicicletas com quadros reforçados e transmissão por correia, nascera a primeira Honda! Simples e económica, teve uma procura enorme, levando a que o modelo “Type A” se esgotasse rapidamente.

Este seria o início de uma história de sucesso, que se mantêm até aos dias de hoje.

Em 1948 nasce a Honda Motor Co. a qual começa a produção dos seus próprios motores e motos. Nesse ano nasce a “Type B”, um triciclo para efectuar entregas com 89 cm3 e que viria a equipar o modelo “Type C”. Mas é com o “Type D” que é feita a revolução, no ano de 1949 com o nascimento do“Honda Dream” e com um motor a dois tempos de 100 cm3 que faz disparar as vendas da marca.

Em 1949, junta-se à Honda outro pilar para o futuro da marca: Takeo Fujisawa, com o seu génio e criatividade a Honda passa a ter um sentido apurado e rigoroso das suas finanças. A sua capacidade comercial dá origem ao desenvolvimento da Honda pelo mundo.

Em 1950, só a Honda representou 50% da produção japonesa. Nesse mesmo ano é lançada a primeira 4 tempos, a Dream Type E com 150 cm3 e uma colaça de 3 válvulas (uma de escape e duas de admissão). Com a Type F de 50 cm3, a marca reforça a sua posição nas utilitárias. Nessa altura a Honda vende cerca de 6500 motos por mês, recusando uma oferta de compra por parte da Mitsubishi, decide continuar o seu caminho sozinha.

No ano de 1958, é realizado o lançamento de Super Cub C100 um modelo misto, entre uma moto e uma scooter, confortável, silenciosa e fiável é o veículo ideal, o conceito deu origem a uma diversidade de modelos e versões.

Em 1957, nasce o primeiro twin da Honda, sendo uma cópia da NSU com algumas melhorias: 18cv e 7400 rpm/min. No ano seguinte é adoptado o arranque eléctrico nas motos Honda. As exportações para a Europa começam a ter algum sucesso, resultado da fiabilidade dos motores.

O início da entrada da Honda em competições de motos é realizado no TT de Isle of Man, em 1954 foi a apresentação e em 1959 a sua primeira participação na prova. Em 1961 com uma produção de cerca de 100.000 motos por mês, alcança a vitória nas categorias de 125cc e 250cc.

A partir daí, com o intuito de se expandir e fortalecer a marca a Honda decide deslocalizar-se para a Bélgica, EUA e Tailândia. Com esta operação a Honda atinge em 1968 a marca simbólica de 1.000.000 de unidades vendidas no mundo inteiro, levando à construção de novas fábricas, em pouco tempo todos os principais países teriam instalações produtivas da Honda.

No domínio desportivo, todos os títulos de velocidade de construtores são ganhos nos anos 70, juntando as vitórias nas provas de motocross, endurance e trial. No início dos anos 80, a marca regressa às provas de velocidade ganhando o título mundial em 1983.

Em 1991, com a idade de 84 anos Soichiro Honda faleceu, estava já retirado dos negócios desde 1973, altura em que confiou a direcção do seu legado ao competente Kiyoshi Kawashima.

A marca continuaria a diferenciar-se pela diversidade da gama de modelos, pela inovação e standards de qualidade, que viriam a dar origem à Honda Goldwing, uma moto destacada pelo conforto e fiabilidade impressionante. É também com este modelo que a marca se distingue com tecnologias de ponta e o célebre motor com cilindros opostos, o qual viria a ser uma imagem da marca presente até aos dias de hoje.

Principais marcos da Honda identificados cronologicamente:

1947: Modelo A, com um motor a dois tempos e 50 cm3 instalado num quadro de bicicleta, era destinado inicialmente à produção de energia para os rádios do exército.

1950: Nascem as primeiras verdadeiras motos da Honda.

1958: A Honda Super Cub, com 26,5 milhões de unidades vendidas é até aos dias de hoje o veículo com motor mais vendido a nível mundial.

1963: O primeiro modelo a ser fabricado na Europa dá pelo nome de Honda C310, com um motor de 49 cm3.

1969: Honda CB750Four, um sucesso absoluto de vendas e que iria marcar várias gerações. Seguida pela concorrência, esta moto possui um motor com quatro cilindros em linha e travões com discos hidráulicos, uma inovação de peso na altura.

1972: É a origem do conceito trail, a Honda SL350 é lançada. Caracterizada por ser uma moto capaz de rodar em pisos de asfalto e fora deles.

1975: Goldwing, o modelo que viria a ser uma imagem que rivaliza com a própria marca é lançado nos EUA, indo ao encontro da procura existente no mercado.

1987: V4VFR e VRF750R, esta moto não é mais do que uma moto de competição lançada e homologada para utilização em estrada.

1994: A Honda ganha o Campeonato do Mundo em 500cc, com o piloto Michael Doohan, feito repetido nos anos seguintes até 1998.

1995: Nasce o conceito das motos ligeiras, compactas e potentes, com a CBR600F dá-se o início a este tipo de motos vincadamente desportivas.

2001: No ano de 2001 a Honda ultrapassou as 500 vitórias em Grandes Prémios, feito alcançado no Grande Prémio do Japão por Valentino Rossi. Vence o Mundial de MotoGP, repetindo o feito nas duas épocas seguintes. A Honda demonstra assim que é capaz de aliar o sucesso competitivo com o sucesso comercial.

2006: A Honda volta a ser campeã do Mundo de MotoGP, desta vez o piloto que leva a marca ao pódio é Casey Stoner.

2011: Casey stoner volta a vencer o Mundial de MotoGP com a Honda.

2013, 2014 e 2016: A Honda domina e vence o Mundial de MotoGP, desta feita com o piloto Marc Marquez.

Nos dias de hoje a marca é sinónimo de fiabilidade reconhecida por quase todos os concorrentes, aposta nos valores ecológicos, tendo generalizado o ABS em quase todos os seus modelos.

Actualmente os principais modelos em comercialização, podem ser agrupados da seguinte forma:

Touring e Sport Touring - Goldwing e VFR800.

Supersport - CBR1000/ 650/ 500/ 300.

Street - CB1100/ 750/ 650/ 500.

Custom - VT750 e Rebel.

Scooters - Integra, Forza, PCX e SH.

125cc - CBR, MSX e CB.

Off-road - CRF450/ 250.

Até aos dias de hoje a Honda continua a sua caminhada na senda do sucesso, sob o lema “The Power of Dreams”, com uma oferta diversificada em termos de modelos e gamas, posiciona-se como um dos grandes players mundiais das duas rodas. A marca além das motos também está activa nas indústrias automóvel, aquática, aérea e robótica.

Infomotard - 2017

(Fontes: honda.com, hondaracingcorporation)

Brevemente mais novidades...

Nota: a ordem e publicação dos construtores é aleatória.

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